16 de mar. de 2012

Luz Vermelha (Jurandir Bozo)




É doce o amanhecer
Mesmo acostumado a ver o sol,
Ainda me seduzem teus fascínios
Assim são teus encantos avermelhados
Que me prendem a madrugada
Pensamentos esvoaçantes
Fixados a imagem dos teus decotes
Ao contorno das tuas coxas
No curto comprimento dos teus vestidos
Convite indizível ao imaginário
O que mais me atraí em te
Não é teu ar sexy fatal
Ou uma tradução quase vulgar
Da alternativa contemporaneidade feminina
O que me move a te
São teus mais contraditórios esconderijos
Toques de borboletas
Amizade do século XXI
E perceber que entre historias e excessos
Mora uma doçura terna em teus beijos
Como poderia imaginar
Que tua cede fosse alimentar minha fome
Rajadas de culpa da tua arma insegurança
Acertariam o coração
De todos os meus poemas
Eis tu e mais ninguém
Franca atiradora de flores tatuadas
Que oferta-me a delicadeza que me falta
Preenche-me vazios antigos
Um único momento bastasse
Para recarregar-me da energia que desperdiças
Volto então meus olhos a tua infinita beleza
E como eis bela feito o sol
Eu que tanto falo, diante de te, fico em silencio
Contemplando a ineditude dos acontecimentos
Ainda preso a forte lembrança
Que impregnou em mim
Pois mesmo nos dias mais nublados
O que guardo em meu peito
É a saudade da tua luz



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