28 de abr. de 2012

Saudade Formosa (Jurandir Bozo)





Parece que foi ontem
E ao passar por tais lembranças
Os lugares, as ruas ganham vida
“Formosos e benditos”
Como um filme só visto por mim
Vejo neles, momentos que vivi
Tudo ainda me pertence
Meu coração dispara
Minha boca seca
Meus olhos umedecidos
Brilham e escorem em saudades
Tudo ainda é tão igual
E estamos tão indiferentes
Nossos lugares e nossos sonhos
Nossos poemas e nossos problemas
Mas em mim tudo ainda vive
E sente falta do teu ritmo mais intimo
De tua respiração mais suave e profunda
Dos teus olhos invadindo minha alma
Acendendo meu corpo
Incendiando vida em teu galopar
Viagem as nossas estrelas
Visagens de luzes e disco voador
Minha sala, meu sofá
Meu colchão, o chão
O motel que podíamos pagar
Porque Deus não nos deus paz
Em nossa guerra santa?
Será que porque cruzamos limites
Transgredimos inconsequentes a moral
A normalidade do entendimento comum?
Rompemos a linha tênue do bem e do mal
Entre a mentira e a realidade
Nossas desculpas inventadas
Já não nos convenciam
Amizade, paixão, amor, traição, fidelidade
Quantos sentimentos mais caberiam em nos
Então, assim acelerados não paramos
Fomos e nos perdemos indo
Sem nos comunicar sobre a direção
Mas mesmo sabendo que nos perdemos
E que foi para outros caminhos sem mim
Eu seguir, mas te troce comigo
Não por opção
Mas pela mais pura necessidade
Do meu mais verdadeiro e solitário amor
E ate hoje nos encontram
Quando procuram por teu nome