Condenado I
Navego meus
pensamentos em mares da monotonia
Contrario
das minhas mais profundas intenções
Assim com a
mente quase fazia
Vem você
dançando ao vento
Feito brisa
de verão
Transformar
meu inferno em belos solos
Eu que
buscava calmaria
Só enxergo
você e seu mar revolto
Sem espaços
para mais um em suas aventuras
Cego minhas
tardes e o fim dos prazos
Contas a
pagar e milhões de satisfações que não dei
Feito
criança vivendo vida de gente grande
Como se o
meu universo respirasse solidão
Num oceano
de pessoas que me cercam
No ínfimo espaço
de tempo
Onde a consciência
não vai lhe buscar
Divido-me
em mais do que poderia ser despedaçado
Partido que
se perde em três ou quatro mundos seus
Que de
longe fica a imaginar
Suas trincheiras
e seus militantes
Suportarem
dor maior que a minha
Essa que
esvazia e me consome inteiro
Rouba-me as
forças e cala minha escrita
Treina minhas
palavras e elas condicionadas
Só chamam
seu nome em gritos sinuosos
Cuja melodia
soa em sonhos bons
Que ainda
insisto em ter
Mesmo
sabendo que sem você
Sou um
condenado
Que vive
com vontade de morrer