27 de fev. de 2007

Eu, a bailarina...(Fábio Sirino)


Se a dança toca
O olho molha a cara
Se a dança encanta
Os olhares vai para um universo dela
E a bailarina fica como feiticeira
Se ela dança e enfeitiça
O sonho desse do palco
Chega ao espectador
Que vê e não acredita
No sonho entre cenário e luzes
Conjugue assim um desejo de publico
Será que ela também ama?
Será que ela beija ou quem será que ela beija?
Será que ela deseja?Será q ela chora?
Quem será ela?
E com a dança ela responde
- eu a bailarina

17 de fev. de 2007

Fim de Sobrevida e Inicio de Poemas(Fábio Sirino)

O caminho que tanto fiz
Depois de você ganhou um outro sentido
As ruas e avenidas são mais familiares
Parecem que me convidam
A visitar sua casa
E a cada “CArro” branco que avisto
Desperta o sonho e o desejo
Como se estivesse vindo me buscar
Do pesadelo que a saudade trouxe...
Assim se seguem os dias
Vendo a sua silhueta nos sinais
Achando que algo não se resolveu.
Mas sei que acabou
Sei que já me tem no passado
E por isso resolvi parti
Sem dar espaços para as despedidas
Tentando assim enganar a dor
E se a cada palavra falada
O assunto volta
Não nego que lhe penso
Respiro e comento aos amigos
-Sim eu amo, mas...
-Temos tanto em comum
E somos tão diferentes
Por que o platônico tinha que acabar?
Qual propósito da realidade que criamos
A não ser de nos distanciar?
Se aos outros nos fazíamos bem
Aos nossos olhos já era diferente
O jardim secava, estava eu na seca
Quando sua nuvem partiu
Molhando meus olhos espelhos d’água
Essência da cresça na paixão
-Seguir Estrela é sempre complicado
-Olhar para o escuro também...
Você foi minha manha
Quando só conhecia a noite
O passo seguinte
Quando só conhecia o berço
Você é o amor da minha vida
Quando mais preciso de motivo para morrer...
Aqui na parte alta da cidade
Distante dos seus
Tudo parece igual
Ao dia em que deitou em meu colchão
Que entrou em minha casa
E dormiu enquanto eu sonhava
As velas apagaram
Você decidiu seguir
Não tenho para quem dar flores
E o meu medo do ridículo
Guardou todas as declarações,
Os pedidos e suplicas
Para que não partisse
Mas assim se deu
O fim de uma sobrevida curta

E o inicio de vários poemas...

15 de fev. de 2007

Eri (Fábio Sirino)

Pelo teu sorriso percebo o êxito
Felicidade que habita na face dos que buscam o bem
Seja feliz e seja o que quiser ser
Seja paz e sorriso
Seja leve e não tenha medo da multidão
Seja quem é e isso basta para encantar todo vivente
De criança a homenzarrão
Segue teu ar e os ventos te protegerão
Como me guiaram ao teu universo
No meio da imensidão...

13 de fev. de 2007

Os seus encantos (Fabio Sirino)

Ela chega sem avisar
E atrasa para não esperar
Ela olha com olhos de sol
E sua pressa transpira paz
Sem maquiagem e sem batom
Se disfarça de menina
(Como se todos já não a olhassem como mulher)
E o que quer esconde
Sorri de jeito e formas diferentes
Ela nunca parece ser a mesma
Sendo ela assim tão autêntica
Beija e corre, se nega
Diz não e se entrega
Ela vê o filme e sorri
Não chora, mas respeita as lágrimas derramadas
E por entender ela não faz muitas perguntas
Eu a sinto e ela deixa
Tento ir além e ela foge
Tiro seu retrato, e ela fica
Olho para seus olhos e ela se desconserta
Linda, vai cedo para casa
Para proteger o tesouro que pensa ter
Ela acompanha e se faz presente
Distantes dos cumprimentos efusivos
Finge não estar ali e se cala
(Como se todos já não a tivessem notado)
Ela chega e mal fala
Pois sua presença por si
Acrescenta o contexto do quadro
E sem fazer questão de brilhar
Ela sempre sai de cena
Mesmo que as atenções a busquem
Pois ela usa o mistério em seu favor
E em seus pés um chinelo baixo
Para que eles fiquem perto do chão
Ela vem da raiz
E não se diz
Pois ela é...


(12/02/2007)