14 de dez. de 2010

Os Olhos e Risos de Ana (JurandirBozo)

(Ana III)

Já chagam a mim os olhos de Ana
Com suas respostas e comentários
Ana mesmo em seu universo de vidro
Tem de mim em vitrine
Sentimentos e elogios que perdem força
Que não chegam próximo a Ela
Será possível alcançá-la com palavras
Com seus milhões de risos
Eu aqui com minha imaginação fértil
E um desejo que mal se contem
Assim no escuro Ana aparece
Destaca-se mesmo com palavras erradas
Intencionalmente delicada
Deixa-me perceber meu papel
Amigavelmente delimita meu espaço
Devolvendo os sonhos que a Ela ofertei
Mas eu grito a Ana que sonhos vão e não voltam
Que palavras não se devolvem
As minhas saem de mim buscando seus segredos
Querendo intimidades e meias verdades
Todo seu constrangimento mais delicado
Queria então dançar com Ana
Segurar forte sua cintura com a mão
E respirar em seu ouvido meu resto de vida
Minha força e fragilidade
Minhas certezas e contradições
Talvez assim eu a sentisse tremer
Arrepiar-se ou morder os lábios
E tocando seu corpo, sentindo seu perfume
Eu beijaria Ana como numa despedida
Eu amaria Ana como se estivesse a segundos do fim
Fim do mundo, fim de vida, fim de estrada
Fim de mim, fim de noite, fim de festa
Fim do poema.

4 comentários:

Anônimo disse...

Lindo poema!

Acabou mesmo?Fim de poema?Ah,não...tá de brincadeira!!!Aposto como Ana ainda daria varias outras fantasias e bons poemas é claro!!rs

Mila Ventura :)

Jurandir Bozo disse...

Fim?

Anônimo disse...

Fim?

Ana Cláudia.

Jurandir Bozo disse...

Ainda não.