9 de dez. de 2009

Na Percepção da Feira das Vaidades. (Jurandir Bozo)



A distancia permanecia estética
O transito estático
Atrasado entre os fracassos apenas eu
Livrando-me das trombadas
Na multidão da feira
Por pontos milhões de pontos
Os continuativos que nos leva ao final
Historias, ocultismo, filosofia e ciência
Enquanto meu ego ator cansado
Ouvia estarrecido a pessoa que me tornara
Discursar vaidades nos corredores das “estrelas”
Oralizar de forma pessoal seu próprio marketing
De uma mercadologia ultrapassada
Com risos que lentamente apunhalavam
O resto de ser-me
Eu um louco, preguiçoso e fracassado
E do que me serviram tantos ouvintes
Na percepção da feira das vaidades
Se minha verdade nunca foi pronunciada
Eu de tantos nomes e fantasias
Eu de tantas formas e tonalidades
Eu veado, tarado e adultero
Não ponho mais a prova minhas crenças
Apenas não as tenho mais
Cépticista sectário do absurdo vazio que acredito
Com minha lubricidade extravagantemente romântica
Eu de uma malícia quase ingênua
Fissurada nas possibilidades que não me pertencem
Talvez em outros mundos
Apenas queira buscar-me numa lacônica finação
Onde minha loucura passe cega e despercebida


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