26 de mai. de 2011

O Cheiro da Orquídea (Jurandir Bozo)

Foto roubada.Modelo: Mariane Vasconcellos


Veio-me de forma inesperada
Como se o acaso soprasse em minha direção
Em face de um livro de contos fictícios
Repleto de hipérboles
E mesmo redundante
Vinha em mim uma necessidade
De descrever ou explicar o obvio
Como se a beleza precisasse de conceito.
Mesmo longe, mesmo leigo
Os tons cegavam-me os dedos
E a força contida na delicadeza
Desarmava meu pequeno arsenal
De palavras repetidas
Algo entre olhares e comentários
Posto isso, todo o resto perdia o sentido
Eram menores que a imagem dela
O desenho das pétalas
As curvas sinuosas
A delicadeza mais profícua
Roubava atenções e suspiros
Dos outros tantas admiradores como eu
Ali, atónito passando quadro a quadro
Eu o desconhecido
Ficava preso a imaginar sandices
Fabulando sobre o cheiro da orquídea



Como tantos que roubam flores no pé, aqui na net, roubei esse em seu perfil.
Pois não poderia deixar de ilustrar esse poema com a sua imagem.
Espero que goste e não se sinta ofendida e entenda as entrelinhas dessas humildes palavras que vos oferto.

2 comentários:

Goretti Brandão disse...

Dedeu você está acada dia mais poeta! Bela poesia... Beijo!

Goretti Brandão disse...

a cada ( saiu junto, rapaz Kkkkkkkkkkkk. erro de digitação, viu?) Outro beijo