22 de mai. de 2011

O Anjo Triste do Norte (Jurandir Bozo)


Parem as maquinas que erguem
Quero apenas voltar a ficar deitado
Entregue aos ciclos que volta a mim
Entre a estupidez da minha consciência
E a crédula dissintonia da minha imagem
Minha cabeça trabalha sempre contra mim
Contra as minhas vontades
E enxergo-me sempre com as cores que não sou

Hoje é dia que a tristeza vai ao cinema
E degusta minha vida em uma seção nacional
Na promoção de pipoca grande mais refri de 300ml

O filme é o mesmo e suas reedições obvias
Fazem da monotonia das minhas expectativas
Empobrece o roteiro enredado
Uma apresentação dos resultados das minhas escolhas

Eu ainda falo, mesmo sem ver, e com ela ate um sorriso escapa
Minha cara larga abre feições e meus dentes amarelados
Já sem cigarro ou outros fumos
Não destoa todo resto externo de mim
Mas o que podemos querer alem do que enxergamos

Assim a imaginação das suas lagrimas me encantam
Como a torpor signatário dos sentimentos lacônicos
Que mesmo ultrajantes me fazem ainda ser o que sou
-Um merda que ainda se infla de vaidades mundanas-

Ela com todo seu medo de ir à rua
Ainda me leva para perto
Ainda me deixa longe
Voltas e voltas sobre meus segredos
Idas e vindas das mais profundas mentiras
Profundas e prolixas paixões ainda invento
As vivendo como realidade plena que são

Mas você não esta aqui e sempre que falo algo
Ponho as pessoas em fuga
Mas tenho medo de calar-me ou de apresentar-me
Longe dos palcos sou ainda mais horrendo
Eu calado sinto-me só

Regido pelos rompantes librianos e artísticos
Vôo a outro planeta numa poesia envelhecida
Que de tão pobre vivi a s repetir em desertos
Pra noutro campos serem bem mais que minhas pretensões
Serem iguais a tantos outros meus que me põe distante
Dos sonhos que não me calam
Dos medos que nunca acabam
E assim vinda do norte os caçadores
Das minhas imaginações ainda lembra-me alguém
Que a muito sei quem é
E por mais que o conheça
Fugir dele é o que me resta
Pois seus fracassos são tão familiares  
Quanto minhas próprias escolhas

Ai me vem mais uma estrela
E escuto dela seus amores
Suas aventuras
E um eu tolo e cheio de princípios inúteis
Que ainda me fazer parar e ler em seus olhos tristes

Então corro e fujo de algo que se quer decifrei
E entre as mensagens codificadas que me sugestiono
A ficar decifrando tamanhos de sentimentos que tenho por ela
O imenso medo da solidão é quem mais me escraviza
A seguir a sedução e os encantos do Anjo mais belo e triste 
Que veio do norte.






(Acabei de fazer esse poema pra uma Menina Mulher que muito me assusta ao mesmo que encanta! Mila esse poema foi feito só e unicamente pra vc.)

Um comentário:

Goretti disse...

Dedeu, você cada vez me surpreende mais!!! Adorei o fato de você ter reativado o seu blog. Faz bem a você e à gente que acompanha, muito mais!
Um beijo, grande, desta que lhe quer bem... Bem dentro do coração...