1 de nov. de 2006

Sem medo da dor (Fabio Sirino)

(Poema para quem grita, e se irrita com o silencio...)


Na sombra das gérberas
Como sobejo do espelho
Da vida que escolhestes
Minha parcela é dispensável
E mesmo assim busco acreditar-te.

Perco poemas e idéias
Restam os anéis dos teus dedos
Que fantasio elos e sons
Dos pés ao encontro do caminho

Tenho um adversário forte
Invisível e incansável
Pois teu passado move o moinho
Faz do teu engenho nostalgia
Do mal que te cansastes
Do mal que fizeram a ti
E da culpa que criastes
A mais pura tradução
Das tuas regras e limitações

Sim! Forte são os guerreiros
E me orgulho em persistir
Digo ao meu instinto
Que sem minha auto-destruição
Por ti teria a mais pura amizade
Mas se sei que não temo a dor
então; tenho por ti desejo
E o mais sincero e inseguro amor...

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