5 de dez. de 2011

Espaços Librianos (Jurandir Bozo)




Uma menina que não cansava de falar pelos cotovelos
Dividindo as atenções
Entre as novidades que o acaso apresenta
O quem a pouco havia conhecido
Indo noite adentro
Noites afora
Abraçando o novo
Beijando recordações
Ele ou ela
Sabendo vezes mais, e vezes menos
Que quem é pago para compreende-la
E mesmo atraindo as vistas estranhas
Do que ainda não percebes
Faz-se invisível
Como se esconder seus olhos
Fosse algo possível.
Neles tudo se agiganta
Os medos e tristezas se multiplicam
Em seus interiores
Espaços e sexo indefinidos
Refugio libriano desorganizado
Como se o mundo estivesse sobre sua cama...
Em rolados em panos e papeis
Que ainda insistes em guardar...
Registros prolixos
Do que ainda
Enxerga em si
Como defeito
E não como beleza e encanto
Que irrigou o poema


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