26 de mar. de 2010

Reestréia (JurandirBozo)



Quantas meias palavras ainda preciso
Para fugir com a verdade de te?
Pausando nas recordações
Pulsando forte no ritmo dos teus risos
Sentindo falta, querendo mais
Calando olhares fujões...
Escondendo o eu entre tantas historias
Sem tempo situado
Dias e noites cercado por teus encantos
Tentando em vão ser evasivo
Em vão, não ser envolvido
Nas discussões que me esgotam
Ausência de afagos, de elogios teus
A beleza rude de todos meus sonhos recentes
Modelo de amor que não me serve
Reestréia de filme antigo
E já sabendo do final
Fico sentado a ver-me num replay
Cadeira desconfortável
Pipoca fria, cinema vazio
Os sinais não deixam duvida
Todos estão vermelhos
 Ardentes sem colírio
Meus olhos sempre choram ao fim

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