
"Aqui se encontra idéias poéticas, aqui se encontra paixão, prazer, dor, lagrimas e sorrisos, um espaço para que eu possa postar minhas manias em escritos que não necessariamente atendem as expectativas do outro e tão pouco a formalidade ortográfica, aqui não há compromissos com acertos e sim com a ousadia da tentativa e intensidade dos sentimentos e sonhos meus."
29 de fev. de 2008
Cartas para mim III (Fábio Sirino)

7 de fev. de 2008
A Dona da Tribo... (Fábio Sirino)

Ou tornemos a nos encontrar
Talvez seu carnaval tenha sido melhor que o meu
Ótimo, ou simplesmente a musica se quer tenha som
E mesmo assim seja gentil por apenas gostar
Do que se imagina ser ou ter tom de pele
Mais bronzeado, cor de praia
Com sete palmos ou sete amigos
Na vida sobre as arreias próximos a Ipioca
Na poesia já secular abaixo do chão lusitano
Sem sequer sentir ou saber se furtado ou roubado
Talvez por apenas vigiar o sorriso de uma criança
Sim vigiar o mundo que vemos de formas distintas
Sai do baixio das bestas e apenas encontrar um canto e fumar
Ver no corredor do cinema a nossa fumaça
E nela mais que se reconhecer
Mostrasse nu sem medo dos olhares efusivos
Ele antes que notasse quem erra percebia tua chegada
Como um Corujão a velar meus sonhos
Talvez materializar as formas e as decepções
Pois ninguém é obrigado a amar
Tão pouco esperar o erro do outro
- O que fica realmente enclausurado
É o sentimento para cada
E não as idéias...
- Ou a forma de sermos o que realmente somos...
6 de fev. de 2008
Resto de Mim. (Fábio Sirino)

Noites que te quero sono
Que desejo sonhos e te quero paz.
Dor que te quero ausente
Que preciso de paciência e ser muito mais.
Vida que te quero resto
Que termine indo curta para o cais.
Corpo que já busco o teu
Já renego o meu, sem olhar pra trás.
Vidro que chega estilhaçando
Coração quebrado cansa de bater
Quero-te mesmo que sonolenta
Calma e ausente, mas nem tão paciente
Em me ver sofrer.
Quero-te mesmo teu resto
Indo terminando curta procurar meus cacos que não são iguais.
Coração ainda quero teu
E renego o meu pois já não bate mais..
2 de fev. de 2008
Carlton Cine (Fabio Sirino)

Chega de saudade ou de se sentir distante
Quero ao menos uma morte que me aproxime de quem amo
Assim talvez não precise fumar ou embriagar-me em lembranças
Dos amigos que perdi e dos que ainda se quer tenho
E se não me bastasse uma poesia medíocre e provinciana
Faz-me lembrar o povo do lugar de onde vim
Então volto para Internet talvez buscando esses que já não vejo
Sem teto, sem saliva, sem abraço ou terra nas unhas
Já não trabalho e nem sei mas quem sou
Apenas que fumo Carlton
E que ando cada vez mais devagar...