14 de nov. de 2007

Mais um amor da minha vida (Fabio Sirino)


Assim como as catástrofes
Acontecem as paixões
Sempre estamos despreparados
De defesa baixa e lá vem ela
Forte e audaz como uma onda gigante
Arrasando, mas com beleza e gostosura.
Pois se for pra se dar mal
Que faça isso gostoso
Nas teias do destino
No enlace dela
Busco explicações sobre esse tal gostar
Que nos leva as loucuras da abnegação
Do ego, do eu, tudo em prol do outro.
Do outro que nem pensa no nosso outro
No outro de cá, os de lá,
Enxergam o real, a possibilidade da dor.
Exageradamente racional
Fruto da mais pura safadeza
Os de cá, os apaixonados:
Sonham com as probabilidades do prazer
Exacerbadamente imoral
Fruto do mais puro romantismo
Disputam um jogo desleal
Onde um luta pelos dois
E um por se e só
Assim meio deles meio de todos
Meio de todas e meio de ninguém
Na verdade gostaria de escolher as minhas
Talvez por ter conhecido
Uma das mais belas mulheres que já vi
Pela doçura e sensibilidade
Pela irreverência e aberturas
Nos assuntos mais sórdidos e amorais
Pela beleza de alma e corpo
Pela sutileza ao consolar minhas lagrimas
Assim de certa forma amo como mulher
Mas não aconteceu nenhum acidente
Que me causasse o trauma da paixão
Que pena não ter morrido por ela também
Pois morreria gostoso como nunca morri antes
Por outros amores da minha “vida”.

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