4 de set. de 2013

O Incoerente (Jurandir Bozo)




Ontem a noite pedia tua presença
E o céu sem lua e as poucas estrelas
Contavam uma historia triste
Dos muitos que como eu
Amam solitários na escuridão
No anonimato das brincadeiras
No anonimato das muitas palavras
Onde se disfarçam os medos
Onde se escondem os gritos de prazer
Feito vinho derramado entre as coxas
Morada dos bichos e da poesia
Animais que se amam e se pegam
Homens que se evitam e se negam
Eu um misto de ambos
Fico entre o amor e a indiferença
E mesmo sem propagar minha paixão
Olhando em teus olhos
Para que neles enxergues meu mais profundo medo
De perder o que nunca foi meu
O que não me pertence
O medo de perder-te
De desencontrar as minhas vontades
Nunca esqueça de minhas fantasias
Não esqueça que mesmo antes de tocar tua pele
E sentir teu perfume
Eu já ma Apaixonava pela beleza de tua alma
Pela beleza que em palavras tu me guiava a descobrir-te
E se partir sem te dizer o tamanho do meu querer-te
Olhando em teus olhos
Mesmo diante de tantas contradições
Creia apenas na coerência de meu amor
Pois ele é a única verdade que há em mim


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