Começa a folia
E quem sou eu em meio a tantos?
Máscaras, corpos e ousadia
As alegorias do nosso carnaval.
Saem antes dos demais
Perdem-se na multidão sonora
No acumulo da necessidade
Que temos de sermos alegres
Nem que seja por uma noite.
Travestimo-nos do que admiramos
Na chacota oficial da sociedade que constituímos.
Somos afoxés e blocos de baques importados
Somos Fridas e todos os revolucionários,
Pois no fundo ainda usamos fraudas
E repetimos fantasias.
No que se refere ao ser de tantos humanos
Quem não somos?
Ali no jogo da liberdade e libertinagem,
Dos direitos que deveriam ser iguais,
Partilhamos cheiros, pó e suor.
Bebemos e nos beijamos
Ou apenas olhamos e acompanhamos
Cansados da mesmice que nos toma os dias
E que sem fantasia sequer tem graça ou nome
Que a chamem de tédio, ócio, medo ou violência.
Queremos é mais carnavais
Que neuras urbanas
De uma “modernidade vazia” ;
Para assim brincarmos de felicidade
E encontrarmos amigos mascarados
Pois no fim todos são filhinhos de uma mamãe.
Este singelo (pq não assim dizer) poema veio a mim pelos poucos e verdadeiros contatos que mantenho com uma lúdica turma jovem que me causa um bem enorme só em estar perto.
A todas as morenas e negos com seus pares e acompanhantes de vida e amizade na revolução latina americana..
A todas as morenas e negos com seus pares e acompanhantes de vida e amizade na revolução latina americana..
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