
Pela dor que me atrai
Pelo músculo que me pressiona
Idas e vindas, do que não se foi
Descubro em formas e cheiros os sabores do pecado
Além do que a normalidade permite
De cor negra escorre em mim seus cabelos
Seu suor e força, em minha cara
Por onde fugir se sou quem busca
Se quero seguir a estória que ela viveu
Seja pelo pudor que não tivemos
Ou pela ética que buscamos
Serei o que o tempo permitir
Em versos do gozo que provei
Em “boca oca, de língua míngua”
Do cheiro que impregna meus dedos
Que dão sabores aos escritos
Na pele o som da musica respirada
Do compassado ritmado do ventre seu
Ondulações e formas impensadas
Que os olhares apimentam e calam
A espera do que se achou ou se perdeu.
Seja feita a sua vontade
E por maior que sejam os motivos
Sou triste por vocação
Na penumbra do quarto
Nas sacadas e nas plantas
Incluso o marginal dos sorrisos
Aconselho a pular
Do ultimo andar para o inferno ou paraíso...
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