29 de mai. de 2007

Outro dia de chuva (Fábio Sirino)


O Fim do Luau.
(Para Ros"a" IV)
Hoje percebo a distancia que se impôs
E longe dos fios avermelhados
Por onde vão às informações
Morada fria dos que se escondem.
Ali, a Rosa fica mais sorridente
Deixa ser lida em palavras e expressões
Mesmo com demora, ela sempre responde rindo
Em breves frases bem construídas
Onde não se tem aberturas para investidas
Num castelo que não se permite chuva.
No mundo azul, ela veste camiseta preta
Evita meus olhares e se empoe
Assim dona do jardim
Deixa-me distante dos teus anseios
Das tuas estórias, faz de mim um estranho
E vem com o doce na boca
Ela mostra que sabe adoçar o outro
No aniversário atrazado
Dos que me fazem bem.
Amansar ferras, ou provoca-las?
(-responda depois Ros”a” -)
Sim ela faz meus olhos caírem por terra
Só para vê-la passar e seguir
Assim sem beijo ou toques
O feminino da Rosa ainda me encanta
Me deixa fora do toque
Como se meu santo, também se rendesse a ela
E ela meio louca e linda
E ela sem me enxergar e completamente bela
No extremo de todos os poemas que já fiz
Escolho como despedida a piada
Sigo sem manifestar minha dor
A decepção por não conseguir ser notado
Ou na incompetência de não me fazer notar
Alheia a mim ou aos meus anseios
Fica a Rosa a flertar com outro cravo...
Enquanto permaneço sendo espinho.

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