11 de abr. de 2006

A Concha (Fabio Sirino)


Como posso conhecer
O interior da concha,
Olhar por dentro, entende-la
Sentir no seu silencio mensagem mais clara
Tão nua, quanto ela
De lua, dela, da fragilidade que endurece
Torna rígida a matéria bela...
Mas como vela assim....
Aberta sem ter que brecha
Enxergar os cantos, as migalhas
Para compreender o todo
Se há um toldo sobre a alma
E se fecham as portas as janelas
Já que o mistério agita e não acalma
Faz do vento o furação
Que derruba as arvores enraizadas...
O segredo vai alem da luz....
E a verdade rompe o escuro;
Mas dentro de se, se vê o que se quer
E esconde o que não se deseja

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